quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Dias da Cunha

Depois de toda a gente ter desertado Godinho a única voz que se levanta em sua protecção é a de Dias da Cunha, que atacou de forma absolutamente inaceitável a figura máxima do clube, quando tentava, com o seu peso institucional, chamar o circo à razão. Tal como sucedeu com a sua oposição a Soares Franco, também a sua  defesa de Godinho Lopes parece ser movida por motivos pessoais. Se em tempos confiámos em Dias da Cunha para combater o Projecto - triste ilusão - chegou a hora de exigir a renovação total dos corpos dirigentes do Sporting. Condição indispensável à sobrevivência e renovação do clube é, como refere o Anjo aqui em baixo, que ninguém que tenha integrado qualquer posição institucional desde 1995, independentemente das suas responsabilidades seja considerado na construção de uma alternativa credível. Intrigas palacianas e jogos de sombras e interesses ocultos não podem ter lugar na reconstrução do clube.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Eduardo Barroso

Eduardo Barroso não tem sido um grande presidente da mesa da AG. No seu estilo muito particular, algures entre o adepto ferveroso e o dirigente sem vocação, o modo como tem interpretado o seu papel vinha relevando sobretudo alguma falta de sentido institucional. A forma como resolveu marcar duas reuniões para esta semana demonstra um pouco da inconsistência da sua actuação. Marcou mas não vai lá estar. Todavia, a forma como se exprimiu sobre a actual situação do clube é uma pedrada no charco de silêncios e cumplicidades de que tem sido feita a gestão dos clubes em Portugal. De todos, e não apenas do Sporting. Habituados que estamos a que toda a gente se cale, alguns escandalizaram-se com os lúcidos comentários de Eduardo Barroso. Desportivamente o projecto fracassou, diz ele. E acrescenta, também falhou redondamente na gestão financeira. Ora é precisamente para isto que servem os órgão sociais do clube, sobretudo quando eleitos por listas diferentes. Tivessem os anteriores conselhos fiscais e mesas da AG estado à altura dos seus deveres e provavelmente não nos encontraríamos na trágica situação em que nos achamos.




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

É o tiro final no pé?

A propósito da crise actual no Sporting, dando uma vista de olhos pelos blogs, pelos foruns, pelo Facebook e pelas caixas de comentários, o que sobressai é um clima geral de chacota. O Sporting não perdeu um jogo com um rival, não sofreu uma derrota humilhante com um clube menor, não perdeu um campeonato na última jornada, não foi vítima de nenhuma arbitragem ou bola na trave que tivesse ditado um resultado desfavorável. Não! O Sporting, dizem em todos esses locais, está falido e à beira da extinção.
É um gozo para os nossos adversários. Estão todos em êxtase!
Não é um jogo de futebol ou de hóquei. Não é uma questão de subida ou descida de divisão. É um campeonato de instituições e, nesse campeonato, o Sporting, dizem os nossos adversários, vai desaparecer.
Não é a maior ou menor aptidão do ponta de lança para finalizar com golo, a capacidade de cruzar de um lateral ou a autoridade no corte que um central tenha ou não. É a incapacidade dos dirigentes dirigirem e o resultado a que essa incapacidade nos levou. E é isso que é motivo de chacota e de indisfarçável satisfação.
Ora, quem "legitimou" os actuais dirigentes para ocupar os cargos que ocupam foram os sócios do Sporting. Todos aqueles que, tendo essa prerrogativa, meteram nas urnas os votozinhos que deram a este presidente e a todos os outros que o antecedram a autoridade para levar o Clube a este estado deplorável, são responsáveis por tudo isto. (Nota- Estou a partir do princípio que o processo foi sempre limpo, porque se o não foi, então a coisa ainda é pior...)
O que os Sportinguistas têm pela frente é um processo em que terão de escolher entre promover uma verdadeira revolução no Clube, limpando-o de todo este lixo que se foi acumulando nos corredores, varrendo as teias de aranha no meio das quais as sucessivas direcções têm vivido, desinfectando os locais de onde a pestilência se foi propagando e criar uma nova realidade, com uma atmosfera sã, onde seja possível convalescer e recuperar da operação, fazer a necessária fisioterapia e partir para outra.
E não tenham a menor dúvida: este processo só se fará com confronto! Vai haver confronto a sério entre os Sportinguistas, é inevitável. Mas que dele saia o apuramento de responsabilidades e dele resulte a erradicação defintiva do Clube dos focos de infecção, incluindo penas para os responsáveis.
O Sporting atingiu o nível zero na escala da respeitabilidade como instituição. É um crime, não menor, que alguém vai mesmo finalmente ter de pagar.

E agora?

Pensarão os apoiantes da nomenklatura roquetista que tomou conta do poder que isto vai ficar assim? Pensarão os que parasitaram todos estes anos o Clube que não vão ter de prestar contas? Pensarão todos eles que há outra solução que não seja uma revolução total no Clube e que não vão rolar cabeças a sério?

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

ESTÁ AÍ ALGUÉM?!

O que se passa no Sporting? Estamos sem "governo"? Ou foi tudo narcotizado? Alguém saberá? A direcção fugiu para parte incerta? Ainda resta algum membro da direcção para fechar a luz e trancar a porta antes de deixarem definitivamente as instalções à mercê do pó, das ervas daninhas e dos ratos?