segunda-feira, 7 de março de 2011

Gu Gu Da Da

Como é evidente, o último post só foi escrito porque do outro lado se encontram pessoas que não andam a tomar os medicamentos para a esquizofrenia e depois armam-se em espertinhos e vão fazer queixinhas para a Internet porque não se aguentam numa discussão de viva voz. Gosto especialmente do "ainda acreditei em Bettencourt". Ou então são como as criancinhas como o Zé Diogo Quintela muito bem explicou. Tantas hipóteses e tão pouco tempo para as explorar... Se não veja-se:

22 de Setembro de 2010
Não, isto não é populismo: é um facto. Foi esta gente que conduziu o Sporting à situação actual. Por isso me custa hoje a acreditar que esteja nestes senhores, ou nos seus cooptados, a salvação para o buraco em que estamos enfiados. Ainda acreditei em Bettencourt: pela falta de comparência de oposição credível e talvez porque me parecesse menos engravatado que os antecessores. Mal sabia eu o que aí viria… Por isso, repito, já não consigo acreditar nesta gente.

28 de Feveiro de 2011

Se as eleições fossem hoje, estaria indeciso entre dois candidatos. Um que já o é formalmente, outro que ainda diz que será: Godinho Lopes e Pedro Baltazar.

O primeiro porque gostei do que hoje ouvi. Da postura, da desenvoltura, da convicção e, sobretudo, da forma desempoeirada como meteu na gaveta os rótulos de “homem da banca” e de “rosto do projecto de continuidade.” Acabei de vê-lo na TVI e esteve bem: sucinto, certeiro, pragmático, com ideias, convicções e a transmitir claramente a ideia de que tem um rumo bem traçado para o clube.

O que me leva à segunda opção, a do candidato que ainda não o é: Pedro Baltazar.
Porquê? Porque gosto do gajo. Como empresário, sempre me pareceu um homem sensato, equilibrado e inteligente no seu ‘métier’. Como sportinguista, investiu como ninguém no clube, chegou a ser o maior accionista individual do Sporting – mostrando aí um sportinguismo que outros apenas apregoam – e, mais importante de tudo, soube bater com a porta na altura certa, rompendo com o registo de gestão patética do JEB e criticando a lógica instalada no clube. Esse é um capital que pode valer ouro. Falta, agora, conhecer as ideias que ele tem. O projecto. As pessoas. O clube que ele quer. É aguardar.

Amigas vamos para a água, vamos todas juntas:

2 comentários:

Sousa Cintra disse...

Olá Luizinho,

Primeiro, saúdo a escolha musical. Muito bom.

Depois, não tenho nenhum pudor em assumir aqui, ou no Cacifo, ou noutro lado qualquer, como ontem o fiz presencialmente, que me precipitei na análise ao Godinho. O facto de ser uma lista que congrega vários críticos das anteriores direcções toldou-me o raciocínio. Da mesma forma que não tenho pudor em afirmar que o Baltasar me desiludiu. Quem não se engana?

Terceiro, o post a que te referes como "armar em espertinho e ir fazer queixinhas para a Internet porque não se aguentam numa discussão de viva voz", e que pelos vistos tanto te empertigou, não é uma "queixinha" é um esclarecimento. E nem foi motivado pela 'conversa' contigo, mas sim pela constatação, mais até em conversa com o Cascavel (salvo erro), de que vocês entendem que há, ou deve haver, uma lógica de "formação de opinião sportinguista" nos escritos na nossa blogoesfera e, portanto, no Cacifo. O que fiz, então, foi pura e simplesmente explicar a nossa posição sobre essa matéria: lamento, mas o Cacifo não joga, nem pretende jogar, nesse campeonato. Se quiseres, o Cacifo joga no campeonato da taberna, da indigência argumentativa, da labreguice, como queiras classificar. O rótulo por ti colocado é-nos indiferente. A sério. Precisamente porque nunca nos preocupámos com isso. Mesmo nos momentos em que te deste ao trabalho de nos linkares por achares que o que escrevíamos fazia sentido, que era digno de leitura ou que encaixava na lógica do vosso trabalho.

Por último, e regressando ao início do terceiro ponto, divergimos noutra coisa: aquilo que tu pelos vistos consideraste "uma discussão de viva voz" não cabe no meu conceito de "discussão". O que ali houve foi um atropelo comunicacional em forma de longo monólogo, teu, sobre as tuas convicções, as tuas certezas, a minha imbecilidade, a minha idiotice, o teu profundo conhecimento de causa, a minha lamentável ignorância e os reais fundamentos do sportinguismo e da democracia. Um longo monólogo, teu, intervalado pela minha admissão de precipitação no post em causa e por breves palavras sobre o facto de não estar convencido por nenhuma das candidaturas. E quando uma "discussão" é ocupada em 95% do tempo pela fúria discursiva de um dos intervenientes, incluir isso no conceito de "conversa" é, no mínimo, um abuso.
Digo eu.

Mas enfim. O comentário já vai longo e a verdade é que tenho mais com que me chatear.

Luizinho disse...

Cintra,

Como sabes não também não tenho tempo para isto. Porém, o post do Douglas e os comentários subsequentes dos cacifeiros são de uma desonestidade e mau gosto incríveis. Ainda fui lá comentar à noite na boa a pensar que isto estava resolvido e era uma piada. De manhã estava lá a tua posta que era claramente sobre a conversa de ontem. Vocês ficam com as vossas intenções e nós com as nossas. Agora a verdade é que, e tens obrigação de saber isso por defeito profissional, ninguém escreve nada publicamente a não ser que sinta que tem alguma coisa a dizer. As palavras têm consequências. Eu acho chunga e lamentável o nível da maior parte das discussões que se observam nos blogues e não é pela quantidade de palavrões. É pelo desinteresse e desconhecimento sobre as implicações das escolhas que se fazem e do funcionamento da vida associativa. Quem se quiser só preocupar em ganhar jogos e em pedir sheiks ou seja lá o que for pode fazê-lo. Eu não quero isso e não vou discutir as coisas nesses termos. Não há stress. Dispenso é o tom de superioridade moral, as bocas sobre o Ferro e o resto. De resto, não acho que o tom taberneiro seja o mais adequado para discutir a situação do Sporting neste momento. Para ti isto pode ser uma piada, eu levo as eleições da associação da qual sou membro a sério, sobretudo no contexto em que nos encontramos.