domingo, 30 de maio de 2010

Queremos pavilhão!

O Sporting venceu hoje, no Pavilhão de Almada, frente à equipa polaca MMTS Kwidzyn, a Taça Challenge, em andebol. O jogo foi vivido em ambiente de autêntico delírio por todos os presentes. Mas a festa também não deixou de ser uma jornada de luta por um outro Sporting. Uma modalidade sem SAD e sem grande orçamento ganhou uma competição europeia. Bettencourt foi vaiado quando desceu ao terreno de jogo no final do encontro. As massas exigiram com a sua presença. com o seu entusiasmo e com cânticos o pavilhão.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

No País como no Clube

Vende-se o património e aumenta-se a dívida. É o chamado dois em um.

No início dos anos noventa, a dívida pública representava 57,8 por cento do PIB. Dezoito anos e após o Estado ter encaixado mais de 27 mil milhões de euros em privatizações, a dívida pública atinge os 77,2 por cento do PIB. Isto é, foram-se as empresas e aumentou a dívida.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Cinco anos na vida de um clube ou a gestão empresarial

Recebi um e-mail do Sporting com o meu número novo, já que estamos em ano de renumeração. Baixei cerca de 35 mil números. Volto a repetir, para os mais incrédulos: 35 mil.

domingo, 16 de maio de 2010

Alcochete à PINocáda!

E agora, que o novo aeroporto PIN está suspenso, como é que o Sporting vai encher o cú dos bancos? Alcochete ainda interessa a alguém? É garantia de alguma coisa? Ou será apenas garantia para um...?
E, sendo assim, perspectivando-se uma degradação ainda maior das contas do Clube, já não havendo nem anéis, nem sequer dedos para vender e estando o moral das hostes Sportinguistas ao nível mais baixo de sempre, como vai o JEB, esse mago da gestão, resolver o problema do futuro do Clube? Será que também vai criar um imposto extraordinário para os sócios pagarem? Irá, ele e os outros administradores, prescindir de 5% do seu vencimento? Haverá congelamento ou redução dos salários dos jogadores e cortes nas despesas correntes?
O Paulo Sérgio vai fazer omoletas com que ovos?
E os Sportinguistas? Vão continuar a olhar para isto tudo de braços cruzados?

sábado, 8 de maio de 2010

Passagem de modelos

O Sporting joga amanhã a última partida desta temporada. Foda-se, acabou-se o martírio desta época! Chega ao fim uma época que foi um desastre em toda a linha, quase, ou mesmo, histórico.
Mas, ao contrário do que seria talvez mais lógico e até compreensível pensar, esta não é uma época para esquecer. Esta é uma época para lembrar! Nunca mais a devemos esquecer, como não devemos também esquecer todos os factores que ao longo desta época e das épocas anteriores conduziram a este lindo serviço.
Só quando os Sportinguistas fizerem este exercício, de forma livre e despreconceituosa, é que poderemos aspirar a criar um novo Sporting, longe do pesadelo desta época. O que se passou este ano é o corolário de uma era dominada por um figurino que falhou redondamente. É o modelo que está totalmente errado.
Se este modelo não for radicalmente alterado só podemos esperar mais do mesmo. Não tenham ilusões.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Instantes decisivos ou nunca mais é quarta ou ainda o mochilas é o meu melhor amigo

Quando se soube que o jogo do Iordanov afinal, e graças aos tribunais, afinal ia mesmo para a frente o Oceano mandou-me o link para o vídeo que têm aqui nesta posta. Ao rever o vídeo não deixo de ficar atónico com o contraste entre as esperanças que naquele momento se cristalizavam em torno de uma rara conquista, uma massa associativa absolutamente fiel e apaixonada, um conjunto de jogadores de valor e que sentiam o clube, de facto, e o futuro que se aproximava. Ao ouvir e relembrar Iordanov, Balakov, Vujacic, Marco Aurélio, Carlos Xavier ou o Filipe não consigo deixar de sentir que aquelas pessoas se sentiam, de facto, bem entre nós. E as saídas de quase todos eles foram tristes e conflituosas, ainda que tenham sido figuras absolutamente centrais na vida do clube que viveram a transição entre o buraco de Jorge Gonçalves e o advento da SAD. Registei expressões como "acabámos com esta brincadeira de 13 anos", "agora vamos ganhar mais coisas", "é uma nova página que se abre", "o início de uma nova era". Essa era, de facto, já se encontrava no relvado.

Santana Lopes, recém eleito presidente e mandatado para implementar o Projecto Roquette, não teria pudor em considerar o título como seu, face a um Sousa Cintra remetido aos bastidores e injustamente esquecido. O referendo mais cruel da história do Sporting estava em preparação. Pouco tempo depois desta rara conquista receberia em casa um envelope onde me exortavam a optar por uma modalidade a manter entre três: andebol, basquetebol e voleibol. Escolhi o andebol, que vai este ano à final da Taça Challenge. Todas as outras modalidades profissionais (e não amadoras, como por aí ainda é costume dizer-se) seriam extintas, com excepção do atletismo. Seguir-se-iam catrefadas de treinadores, não sei quantos projectos financeiros, não sei quantos golpes palacianos, presidentes, comunicados à CMVM e projectos imobiliários. Não sei quantas alienações de património, assembleias gerais escaldantes e uma dívida galopante entre muitas e muitas e muitas contratações de jogadores sem nexo quase nenhum. A este propósito vale mesmo a pena ler a posta de Kovacevic que analisa as últimas 57 contratações do Sporting. Deixei para o fim, e propositamente, o Figo e o Peixe. A formação já dava craques de primeira já nessa altura A.S. (antes de S.A.D.). Eles já eram mal aproveitados já nessa altura. Ainda assim, e olhando para a lista de Kovacevic, foi dentro de portas que criámos os nossos melhores jogadores ao longo dos últimos anos. Foi na manutenção de alguns valores seguros que construímos boas equipas. Agora, a bem da circulação do dinheiro, e num clube falido, compramos 8 e 9 jogadores de merda por ano que no ano seguinte se vão embora. Milhão a milhão se cria um buracão. Na escolha do adjunto da casa para Paulo Sérgio pesou mais a amizade de Costinha do que o serviço efectivo ao clube. Homens como Litos ou Paulo Torres foram esquecidos em detrimento de Nuno Valente, que é sobretudo um amigo de Costinha. É sobretudo um tipo que vai vigiar o treinador.

Em quase todas as áreas da vida do clube a SAD parece ter trazido muito pouco de novo. O que se fazia bem continua a fazer-se. O que se fazia mal também se continua a fazer. Agora o que não consigo deixar de notar é que aquele instante cheio de promessas de uma nova era que se abria se revelou um pesadelo interminável. Ganhámos muito pouco depois daquele momento mas perdemos muito. Perdemos sobretudo a noção de quem somos e a capacidade de nos rodearmos de pessoas entusiásticas, com uma certa dose de ingenuidade, genuinamente felizes por se encontrarem entre nós e com palavras bonitas e simpáticas no momento da despedida. Pessoas competentes a quem se dá estabilidade mas que também amam o clube. Eu tenho saudades dessa merda! Tenho mesmo muitas saudades. Quarta-feira lá estarei para as assassinar a sangue quente. Quarta-feira vamos ter um bocadinho do NOSSO SPORTING de volta. Iordanov Forever! Já ando a cantarolar: "a terra estremeceu e verde se tornou", la, la la, la, la, la, la, la e por aí fora.